quinta-feira, 13 de março de 2014

Self

Ela é uma incógnita. Você até pode tentar desvendá-la, isso custará muito tempo e como você provavelmente não é o cara certo, desistirá no primeiro equívoco. Ela tem um milhão de conhecidos, quinhentos mil colegas e uma amiga. Ela não liga, ela só quer viver sua própria vida sem ninguém interferindo negativamente – em seu ponto de vista. Ela tem muitos, ela toda é relativa.
Ela só tem dezesseis, mas já teve dezoito, dezenove, vinte e vinte e um. Ela faz qualquer coisa. Ela não dá à mínima. Está se destruindo e sabe disso, mas não dá à mínima.
Bebidas alcoólicas, cigarros, substâncias Ilícitas, alucinógenos, anfetaminas, qualquer comprimido, qualquer inalante que a faça viajar, sair do mundo, que é medíocre demais para ela. Não, ela não é qualquer junkie viciada, ela é um gênio interrompido. Seu intelecto era demasiado para sua antiga escola, por isso ela a deixou. Tinha quarenta por cento de presença e ainda assim obtinha as notas máximas para passar de ano, mas era detida. Ela não queria mais opressão, mais escola, mais aquela vida, ela queria ser livre.
Seus pais tentaram contê-la no início, tentaram transformá-la em um robô perfeito, assim que perceberam sua capacidade intelectual, mas com o passar nos anos, desistiram ao ver as proporções que aquilo tomava. Fichas na polícia, furtos e brigas. Rotina. Ela vai pra casa duas vezes na semana, ela não precisa daquilo. Ela só quer ser livre.  

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